[VN# 10 & Extras] Axe & Hell of the Living Dead

instagramcapture_975863bc-f28f-48d8-892e-df44a485bc3bSteele: Lady’s sure got some nice melons, Lomax.

Vamos então para um double bill, dois filmes que estiveram na lista dos nasties, mas só um acabou por ter o privilegio de chegar a final. Este mesmo Axe ou também conhecido com Lisa Lisa, censurado até 1999, finalmente viu a luz do dia em todo o seu esplendor em 2005.

Axe assim como vários nasties anteriores e um filme amador, a fotografia faz lembrar o Blood Feast mas a comparação entre os dois fica-se por aqui, se o Blood Feast ainda tinha algumas coisas boas, Axe simplesmente não tem nada de bom.

A historia de três bandidos que se vestem como os cães danados do Tarantino, decidem parar numa quinta e aterrorizar Lisa e o seu avó que se encontra numa cadeira de rodas. A partir daqui e vermos Lisa a limpar os bandidos um por um. As razões para este filme se encontrar na mítica lista só pode ser devido ao constante machismo e mal tratos perante as mulheres. Interessante que neste DVD o destaque vai todo para Harry Novak que produziu o filme, ele que se gosta de intitular como o Roger Corman dos “Sexplotation“.

Deixo um destaque final para a banda sonora do filme, é capaz de ser a musica mais irritante de sempre, mas acaba por crescer durante o filme.

instagramcapture_22089e9d-5829-490b-93a4-4a31b377b9f2Technician #1: She may not know much about chemestry, but in bed, her reactions are terrific.

Technician #2: I’m not surprised with that cute little ass.

Technician #1: I’m a tit man, myself.

Hell of the living death, Zombie Creeping Flesh ou mesmo Virus foi um daqueles filmes que chegou a lista dos nasties, mas não acabou na final, incompreensível porque comparado com o Axe a violência neste filme da 15 a 0, mas isso pouco importa.

Virus vou-lhe chamar pelo nome internacional no resto do texto, começa logo com o magnifico dialogo que podem ler em cima, ou seja já sabemos que esta para vir ai qualidade.

Bruno Mattei o grande realizador italiano de filmes maus, ou muito maus teve em mãos dois argumentos para este filme, infelizmente o produtor não aceitou o argumento que Mattei queria então teve que trabalhar com a segunda escolha. A ideia do filme era obviamente aproveitar a fama do Dawn of the Dead do Romero, assim como tantos outros filmes de zombies italianos tentaram fazer.

Mattei disse nos extras que se pudessem tinha editado e realizado novamente todos os seus filmes, infelizmente tenho más noticias para ti Mattei, nem que tivesses mais 100 anos este filme ia ficar bom, quando não há talento, não se pode esperar milagres.

Então mas o filme e assim tão mau? Claro que não, mas só se forem um publico que goste de filmes italianos de qualidade duvidosa, mas acredito que seja difícil para muita gente aguentar 1h40 nisto.

Mas vamos a historia? Provavelmente já sabem qual é, um fabrica na Papua Nova Guine esta a criar uma formula, não sabe bem para que. Ora no meio de isto tudo existe uma falha de segurança que liberta uma toxina que acaba por transformar todos os trabalhadores em zombies. Mas não há crise, os especialistas italianos, ou melhor a Swat italiana vestida a canalizadores estão prontos a viajar para a Papua Nova Guine (ou mais precisamente para Espanha) para tratarem da saúde dos zombies.

A partir daqui temos um festim de mortes, sangue, pouca nudez o que me deixou bastante surpreendido e imagens coladas a cuspo de um documentário feito da Papua Nova Guine que para mim deixa-me sempre com um sorriso na cara, quando os realizadores italianos eram obrigados a colar este tipo de documentários nos seus filmes.

O filme acaba por ir ao encontro de tudo aquilo que nos esperamos, maus diálogos, representações e gore com qualidade acima da media.

Neste double bill da blue underground também se encontra outras pérola “Rats”, não chegou a lista, e provavelmente pouca gente conhece este filme, mas eu pessoalmente estou em pulgas para o ver.

Le notti del terrore (1981)

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Jovem já não suportas a histeria a volta da série Walking Dead? ou Fear of Walking Dead? ou Talking Dead? Ou qualquer tipo de relacionamento com Walking Dead só para ganhar dinheiro fácil. Então vira-te para os filmes de zombies italianos. Simples, história mínima, mas acima de tudo violência pura e dura.

Le Notti del Terror (Burial Ground) é mais um filme que tentou ganhar uns trocos, aproveitando o sucesso do Dawn of the Dead do grande George Romero, e pior aproveitando o sucesso do mítico Zombie Flesh Eaters, sim os italianos até se copiam a eles próprios.

Burial Ground tem história (sim podem parar de rir, o filme tem uma história). Um professor estava a fazer uma pesquisa numa vila italiana, logo no inicio descobre um texto que ressuscita os mortos, sem razão aparente decide ir até as catacumbas e ler o texto, assim abre as portas do inferno, ou dos zombies, ou dos canibais, ele próprio não fica a saber pois morre logo no inicio.

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Ficamos sem o professor, mas logo de seguida aparece mais carne para os nossos famintos canibais/zombies, um grupo de amigos decide-se juntar na mesma “villa” para um fim de semana, de sol, boa comida e claro sexo. Como o que nos queremos é sangue o filme não demora muito a oferecer isso mesmo.

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Burial Ground imita descaradamente cenas do filme de Fulci, os zombies parecem saídos da saga dos Blind Dead de Ossorio e a história, é simplesmente banal. Então porque razão devem ver o filme? Tem violência quanto baste, tem um caso de incesto completamente anormal, tem Bianchi a ser Bianchi, temos zombies/canibais inteligentes ao contrario do habitual neste tipo de filmes, tem mortes originais, temos que adorar a morte da empregada, mas para mim a melhor parte é a teoria que se lé por esses sites de reviews, tem o povo vs a burguesia.

Burial Ground fica tão bem na minha estante, e ficara sem dúvida no meu coração, o filme e a personagem Frank. E mesmo que alguém imite o Fulci, eu consigo perdoar, pois vou acreditar que era uma homenagem.

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Most Likely to Die [2015]

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Esta historia já aconteceu a todos nos, esta a chegar a nossa folga depois de uma semana “dura” de trabalho, estamos ansiosos por ir pela nossa colecçao de blu rays/dvd e escolher um para ver no conforto no nosso lar, mas quando acordas nesse dia estas a morrer com uma doença sazonal e pensas “porra já me estragaram os planos”, começas te a arrastar para fora da cama ate ao sofá, pegas no comando de televisão, nada de jeito na TV. Neste momento lembras-te de todo o teu plano para ver filmes mas a estante parece que está quase do outro lado do mundo, então tens a brilhante ideia “deixa-me ver se há novidades no netflix secção terror”.

Depois de umas três voltas apercebes-te que já viste quase tudo o que ali esta, então salta a vista a capa do Most Likely to Die, lés o resumo do filme “Na noite anterior a uma reunião de dez anos de graduação, alguém está aguardar com ansiedade para se vingar. Um a um, os ex-colegas de turma são assassinados”. Jackpot! pensas tu, um filme no-brainer, slasher não tem que enganar e com sorte ainda vemos umas mamas.

Quando o filme acaba pensas que a tua doença neste momento e o menor dos teus males, o mal do mundo actual e que ainda se perde dinheiro a fazer este tipo de filmes. Eu adoro slashers são provavelmente o meu estilo favorito de terror, sei que e difícil trazer ideias novas para este estilo mais que saturado, eu ate já aceito que a formula seja repetida, o que não aceito e que se façam filmes como este. Personagens sem sal, não há mamas, o twist final provavelmente e a ideia mais estúpida que vi nos últimos tempos,tenta fugir do comum para se tornar ainda mais ridículo. Mas existe alguma coisa que se aproveita neste filme? Claro que sim, os créditos final e o final do nosso sofrimento.

Agora percebe-se o titulo “Most Likely to Die” depois de verem este filme.

 

Motel X – 10ª Edição [6-11 Setembro]

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A programação já esta online (http://www.motelx.org/programa-e-horarios#dia-2016-09-06|todos-os-locais).

O convidado é um nome de luxo.

10ª edição é um marco fantástico para este festival.

Que comecem os jogos!!

No meu lado, como nos anos anteriores prometo fazer aqui umas “postas” sobre alguns filmes que estão disponíveis por esse “mundo” fora.

Bom festival para quem poder ir e cuidado com o D.Sebastião!

[VN #9] Evilspeak (1981)

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A ideia era ver “Axe”, mas entretanto nas últimas semanas chegou a casa o Evilspeak então saltou uns passos na cadeia alimentar para ser o próximo video nastie.

Evilspeak foi lançado em 22 de agosto de 1981 no Japão, e 26 de fevereiro de 1982 nos Estados Unidos . O filme foi citado como um vídeo nastie no Reino Unido após seu lançamento na editora Videospace . O mesmo permaneceu banido por vários  anos , graças ao seu clímax sangrento e temas de satanismo. O filme foi reclassificado e re- lançado em 1987 , mas com mais de três minutos de cortes , que incluíram a censura da maior parte das cenas de sangue e todas as imagens de texto da Missa Satânica. Em 2004 foi finalmente aprovado e lançado sem censura, ficando hoje neste boa edição da 88Films.

Um cadete militar sofre de bullying constante dos seus colegas, um dia a cumprir um dos vários castigos em que é submetido durante o filme, encontra um livro onde aprende os básicos para um ritual satânico.

O filme demora imenso tempo a arrancar, a primeira hora do filme basicamente vemos Stanley Coopersmith(Clint Howard) a sofrer todos os tipos de humilhações possíveis e imaginarias. Após a primeira hora o banho de sangue começa e não há maneira de parar.

Evilspeak apesar de ser um pouco aborrecido em algumas partes, consegue ter uma ideia minimamente original, um computador que provoca rituais satânicos? Que provoca mortes com porcos? A parte final onde o banho de sangue acontece? Tudo bons momentos para um filme de 81/82, em que o satanismo estava em todas as casa e Eric Weston soube tirar proveito nisso.

A banda sonora também tem papel de destaque, por vezes repetitiva mas quem não gosta de ouvir “Satan” 10 vezes em menos de 1 minuto?

[VN#8] Beast in Heat (1977)

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Devido a problemas técnicos tive que me ausentar dos VN por algum tempo, finalmente esta semana consegui voltar ao ritmo normal.

Se havia VN’s que me estava a deixar preocupado em assistir são aquele que envolvem o género “Nazisploitation“, assuntos demasiado sérios mesmo para filmes de qualidade duvidosa.

The Beast in Heat chegou a lista final dos video nasties e ainda hoje esta proibido na Inglaterra, Austrália e provavelmente em mais meia dúzia de países.  O filme encontra-se banido não pela sua violência, pois existem filmes nos dias hoje bem mais violentos que este mas sim por levar as experiências nazis e todas as suas atitudes de uma maneira demasiado branda e erótica, não deixa de ser uma decisão estranha pois nos dias de hoje o termo “nazi” parece ser levado de forma leve, filmes como Iron Sky ou mesmo a mais recente adaptação do livro “Look Who’s Back”  parecem querer dar aquele ar de comédia.

Ora bem mas em 1977 o diretor Luigi Batzella (assinou o filme como Ivan Kathansky) pois estava com vergonha de ver o seu nome associado a este titulo,atitude partilhada por todos os restantes participantes incluído actores e actrizes.

Mas vamos então passar para a historia do filme onde tudo fará mais sentido.. ou não. Uma doutora que pertence as SS cria uma besta, meio homem meio mutante, este ser tem uma fome por sexo, para saciar esses vícios a doutora decide enviar as suas tropas para as aldeias mais próximas para trazer novas vitimas.

Esta seria a historia principal, mas para não parecer uma historia demasiado vazia(seria possível??) temos também aqui a resistência italiana que tenta a todo o custo salvar e matar esta doutora.

O filme não pode ser levado a serio, no seu começo as tropas parecem não ter mais de 16 anos, as imagens de arquivo e roubadas as outros filmes são constantes. Mas este nastie tem cenas hilariantes em compensação com as mais chocantes, destaque para uma idosa que e morta pelos nazis, que ressuscita sem lenço para matar um soldado, ou mesmo a parte que um soldado rouba um bebe atira-o ao ar para o matar com uma rajada de metralhadora, simplesmente cinema de qualidade.

As torturas também são casos serio, temos hamsters a fazerem de ratos, temos choques elétricos,temos então a nossa “besta” e temos o clássico arrancar de unhas.

Mas para mim o melhor será as mensagens anti-guerra que o nosso herói “Drago” tem para dizer. Deixo para vocês descobrirem.

Filme demasiado amador para ser levado a serio, mas também chocante saber que existe alguém capaz de fazer um filme sobre estas torturas e experiências Nazis.

Próximo VN: Axe