Vamos lá então para o 3º mês da rubrica “eu compro isto para meter nojo aos outros, mas se a malta quiser partilhar o que compra para meter nojo a mim está a vontade”
Au-Dessus – s/t – O bandcamp é talvez uma das ideias mais geniais a seguir ao “myspace”, se o anterior era irritante com um player que bloqueava de 5 em 5 segundos, o bandcamp permite além de fazer streaming de imensas bandas, dá-nos ainda a possibilidade de comprar material directamente a banda em questão, sem intermediários, ou comissões para a editora. Au-Dessus foi uma das minhas mais recentes descobertas musicais, uma banda vinda da Lituania acaba por ter o seu primeiro EP lançado por uma editora polaca que até agora era completamente desconhecida para mim. Com aquele estilo de post-black metal que tanto está na voga actualmente por vezes é difícil encontrar bandas que se destaquem, Au-Dessus consegue agarrar logo aos primeiros segundos da primeira música, sabemos que vem algo especial.
https://witchinghourproductions.bandcamp.com/album/au-dessus
At The Gates – At War With Reality – Os ATG são mais um daqueles casos que por vezes mostra que a arte da música e do cinema estão sempre sujeitos aos criticos e a pressões externas. O seu último álbum (um dos meus preferidos de sempre) Slaughter of the Soul foi lançado em 1995, após uns momentos atribulados decidem-se e cada membro segue o seu rumo sendo que alguns juntaram-se para formar a banda The Haunted. Como tem vindo a ser habitual nos últimos tempos, as bandas que agora são de culto que foram ignoradas enquanto estavam activas, e aqui entra a minha comparação com o cinema, quantos realizadores estão hoje a ter sucesso após a sua morte ou reforma ?
Os ATG voltam-se a juntar para lançar em 2014 o At War With Reality, a melodia, a voz tudo o que caracteriza os ATG ainda está lá, não é um álbum brilhante tendo algumas músicas de “encher chouriços”, mas acaba por ter um resultado satisfatório.
A Storm of Light – Forgive Us Our Trespasses – Os ASOL são uma banda que guardo um carinho especial, após o lançamento do seu primeiro CD apareceram em Portugal para um concerto, admito que o concerto não me encheu as medidas, o som do primeiro álbum não é fácil de reproduzir sem se tornar monótono,lembro que o concerto foi num teatro em Oeiras, e o amigo que me acompanhou a esta aventura acabou por adormecer, mas existem bandas que não foram feitas para actuar ao vivo e ASOL são uma delas, muito por culpa da falta de talento vocal de Josh Graham, em estúdio existe mil truques para disfarçar tal fraqueza mas ao vivo é impossível, ainda decide dar uma segunda oportunidade quando voltaram a ir a Portugal já na ressaca de este álbum que adquiri, mas novamente a desilusão tomou conta de mim, assim como esta obra. Acabei por comprar o CD mesmo só para para ter a discografia dos ASOL completa brevemente.
Corpus Christii – Saeculum Domini (esqueci-me de colocar na foto lol) / The Fire God – Quando comecei a ouvir metal ignorava completamente a “onda” portuguesa. Como quando começamos a ver cinema e pensamos que só “Hollywood” sabe fazer filmes, no metal sempre pensei que as bandas portuguesas não tivessem categoria suficiente para merecerem a minha atenção. Não podia estar mais enganado, um dia numa daquelas promoções manhosas da FNAC encontrei o Rising dos CC, comprei por curiosidade e ainda bem que o fiz no dia que ouvia pela primeira vez o Nocturnus Horrendus a usar a sua voz poderosíssima, a debitar o seu black metal old school impõe respeito, não me esqueço da primeira vez que ouvi a música “The Wanderer ” do albúm Rising, no CD e ao vivo são momento totalmente arrepiantes. Estes dois primeiros trabalhos já mostram a qualidade que se reconhece nos CC, mesmo que ainda tenham aquelas produções “Made in fundo da Caverna”, mas é também curioso o uso de teclados a fazer lembrar os Emperor só para citar algumas bandas que usaram esse tipo de instrumento. Crown Denied será o momento mais alto para mim. Bem mas brevemente um novo álbum está para sair e não existe melhor altura para adquirir estes álbuns para continuar acompanhar a excelente evolução dos CC.
Filii Nigrantium Infernalium – A Era Do Abutre – Filii entra exactamente na mesma onda dos CC, existiam duas bandas que surgiam sempre em conversas sobre o “metal português”, um era os CC a outra era os Filii, ignorados por mim até colocar os meus ouvidos no brutal Fellatrix Discordia Pantokrator, passaram sem qualquer problema para o meu topo de prioridades em adquirir os seus trabalhos todos. A Era do Abutre não está nem de perto nem de longe perto do fantástico Fellatrix Discordia Pantokrator , mas podemos sempre nos lembrar que foi lançou as “sementes” para o que vinha para ai.
Malachi – s/t LP – Já disse tudo o que tinha a dizer sobre os Malachi anteriormente, finalmente consegui completar a minha discografia de esta banda.
Manes – Pro-Gnosis-Diabolis LP – Já tinha adquirido a versão CD há uns tempos atrás, mas existe sempre aquela música que nos falta ouvir, Manes são um dos casos raros de bandas que decidem deixar o “metal” completamente de fora para se lançarem num ambiente electrónico, aqui ainda não mostravam qualquer sinal de que isso ia acontecer, pois a verdadeira viragem foi com o sempre único Vilosphe, mas Manes não enganaram nunca, seja a fazer black metal da caverna, seja a brincar aos rap com o How the World Came to an End.
Rage Against The Machine – The Ghost of Tom Joad – Single / Bulls on Parade – Single – Como também já referi em outro post, os singles dos RATM servem simplesmente para ter em áudio de CD aquelas músicas não lançadas em CD, neste caso temos só o Hadda Be Playing On The Jukebox que acabou por ser lançado no Live/Rare CD. A versão em estúdio acaba por perder metade da mensagem da versão ao vivo, mas fica para o quadro de honra.
P.s. – Espero muito em breve voltar ao filmes, a box da Hammer já está em rotação do meu DVD, mas por enquanto ainda só consegui visualizar um filme dos 5 que fazem parte do livro 1, novidades para muito breve, assim espero!