“No one will ever know whether children are monsters or monsters are children.”
by Henry James
Sentimentos mistos quando finalmente chego ao último filme da saga não oficial “Gates of Hell”. Por um lado contente por chegar ao fim de mais uma “maratona” não oficial, porque quando vi o ” …E tu vivrai nel terrore! L’aldilà” já faz hoje quase um ano não fazia a mínima ideia pertencia a saga “Gates of Hell”. Por outro fico triste pois daqui para a frente sei que a qualidade de Fulci vai diminuir.
Antes de começar a divagar quero falar sobre o Quella villa accanto al cimitero o filme que fecha a trilogia. O ambiente de este filme é totalmente diferente dos filmes anteriormente mencionados aqui no “tasco”, além da abertura que transpira por todo o lado ao “City of the Living Death”, o primeiros minutos onde a câmara vai passado pelo cemitério que está a frente da casa onde vai passar a maior parte da acção, faz lembrar a cena de abertura do filme anterior.
Mais uma vez o argumento é escrito por Fulci em conjunto Dardano Sacchetti e mais um ou outro nome conhecido do circuito italiano. A história novamente não será o melhor convite para o filme, mas como nos filmes anteriores é eficaz e chega para fazer um filme interessante .
Em Nova York, o Dr. Norman Boyle assume a investigação sobre o Dr. Freudstein do seu colega Dr. Petersen, que cometeu suicídio depois de matar sua amante. Norman vai para Boston com sua esposa Lucy Boyle e seu filho Bob para viver em uma casa isolada na floresta que pertenciam ao Dr. Petersen. Bob faz amizade com a garota Mae que só ele pode ver e ela avisa-o para sair daquela casa.
Este foi até agora o filme com mais ambiente de terror que vi de Fulci, toda a atmosfera durante o filme é pesada e por momentos faz-me lembrar o “Pet Sematary” provavelmente Mary Lambert foi “beber” influências a esta obra, mas aqui sou eu novamente a divagar.
Interessante também ver a versatilidade de Catriona MacColl que aqui apresenta-se como uma dona de casa desesperada que por vezes chega a ser um pouco irritante, por falar em personagens irritantes o que dizer de Bob o nosso protagonista? Como uma cara inocente ficamos a torcer para que morra o mais depressa possível, eu vi a versão italiana mas li que a dobragem para inglês foi tão mal feita que muitas pessoas desejavam também lhe desejavam o mesmo destino.
Ao contrário dos seus antecessores Quella villa accanto al cimitero demora na construção da sua história, claro que o “gore” característico de Fulci não fica esquecido e temos imagens chocantes que cheguem para envergonhar muitos filmes actuais.
Quella villa accanto al cimitero também tem os seus defeitos, ao contrário dos outros filmes que mesmo com os defeitos se tornam virtudes, este infelizmente não posso deixar passar ao lado. A mítica cena do morcego é um pouco ridícula, numa das entrevistas que acompanha o blur-ray Catriona MacColl admite que tem mesmo pavor a morcegos na vida real logo não lhe foi difícil “interpretar” essa cena em particular, mas se essa ainda podemos ver sangue aos litros, a parte em que Ann a belíssima Ania Pieroni está a limpar uma poça de sangue enorme do chão e é interrompida por Lucy é de bradar ao céus.
Nos extras do Blu-ray novamente é destacada a personalidade difícil de Fulci, e após desejar a morte a Bob [Giovanni Frezza] durante o filme todo fiquei maravilhado com a simplicidade do actor actualmente, deixou de fazer cinema aos 14 anos pois não via qualquer futuro no mesmo, saiu cedo talvez porque estivesse a prever que o descalabro estive-se a chegar.
Fulci vai continuar vivo por este lado, pois no mesmo pacote de este filme veio o “Zombi 2”, e brevemente espero ter tempo para o ver.